Montes Claros perdeu, nesta segunda-feira (25), parte de sua história. Faleceu, aos 88 anos, João Pimenta dos Santos, um dos maiores ícones da cultura e do folclore da cidade. Talvez esse nome não seja familiar, mas isso acontece porque toda a cidade o conhecia por outro, um que certamente todo montes-clarense aprendeu a admirar: Mestre Zanza. O "Mestre" do nome vem de sua atuação, que durou mais de 70 anos, à frente do Primeiro Terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, cargo que herdou de seu pai e de seu avô. Já o "Zanza" veio de sua mãe, que lhe apelidou assim porque, em sua infância, o pequeno João só vivia "zanzando" pelas ruas. 

 

Falar de Mestre Zanza é falar de Montes Claros, dos Catopês, da nossa cultura e das nossas tradições. É falar das Festas de Agosto, sendo que, nos últimos dois anos, Mestre Zanza não desfilou. Não porque estivesse idoso demais, porque isso nunca o atrapalhou e jamais o impediria, mas por causa desse vírus maldito, que interrompeu a mais antiga manifestação popular da cidade. 

 

Pensando bem, é errado dizer que Montes Claros perdeu parte de sua história. Isso porque Mestre Zanza nunca vai desaparecer, e sempre estará presente quando se falar ou se cantar a nossa cultura. Com certeza, as Festas de Agosto de 2022 serão diferentes de todas as que já tivemos. Mas o Mestre Zanza ainda estará lá, conduzindo a multidão.