Com previsão de término nesta sexta-feira, 12, nesta semana a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) está realizando no município de Mirabela capacitação sobre o controle de vetores causadores da doença de Chagas, leishmaniose visceral e tegumentar, além do repasse de orientações sobre a utilização do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – (SISS-Geo). Os trabalhos iniciados segunda-feira, 11, envolve a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, com a participação de profissionais do município que atuam nos serviços de atenção primária e de controle de endemias.
A coordenadora de vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que no ano passado foi realizado diagnóstico da situação epidemiológica do município de Mirabela. Em janeiro de 2020 o município passou a integrar a área de atuação da Superintendência Regional de Montes Claros, em virtude de ter entrado em vigor o novo Plano Diretor de Regionalização – (PDR) da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG).
Anualmente a SRS realiza o monitoramento da circulação de mosquitos transmissores da leishmaniose nos municípios que não apresentam casos notificados da doença. É o caso de Mirabela que, neste momento, passa pela realização de levantamento entomológico, conduzido pelas referências técnicas da SRS, Bartolomeu Teixeira Lopes e Ildeni Meireles.
Além do repasse de informações teóricas, as referências técnicas estão orientando os agentes de controle de endemias sobre a setorização do município para a instalação de armadilhas para captura e monitoramento de mosquitos transmissores de doenças. Caso seja realizada a coleta de vetores, amostras serão enviadas para análise no laboratório da Fundação Ezequiel Dias – (Funed), em Belo Horizonte.
Os profissionais de saúde de Mirabela também estão atualizando conhecimentos sobre o monitoramento da circulação de barbeiros transmissores da doença de Chagas. A proposta é que o município tenha um Posto de Informação de Tratomíneos, local definido pelo serviço de vigilância em saúde onde a população poderá entregar insetos suspeitos. Do Posto de Informação o inseto é encaminhado para análise em laboratório de referência do Estado ou do município.
Bartolomeu Lopes explica que nos locais onde a população encontrar insetos que o serviço de controle de endemias do município identificar como sendo barbeiro, deverá ser realizada a aplicação de inseticida para a eliminação e controle do vetor.
SAÚDE SILVESTRE
Nesta quarta-feira, 10, a Superintendência Regional de Saúde iniciou o repasse de orientações aos profissionais de saúde de Mirabela para a utilização do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – (SISS-Geo). Trata-se de uma ferramenta informatizada e participativa, integrada à Fundação Oswaldo Cruz – (Fiocruz), criada para realizar o monitoramento de agentes patogênicos que circulam na natureza ou nas bordas de ambientes rurais e urbanos.
O SISS-Geo foi criado para que, a partir de observações georreferenciadas de animais, sejam emitidos alertas sobre a ocorrência de doenças na fauna silvestre, especialmente aquelas com potencial de acometimento humano, possibilitando maior agilidade aos serviços de saúde na adoção de ações de vigilância e prevenção à saúde. O aplicativo SSIS-Geo é monitorado pelo Centro de Informação em Saúde Silvestre – (CISS) e foi elaborado para que qualquer pessoa possa registrar, online ou off-line, as suas observações de maneira rápida e simples, contribuindo de forma direta nas tomadas de decisão relativas à prevenção de doenças em animais e pessoas.
SES / MG