Por unanimidade a Câmara Municipal de Montes Claros rejeitou a admissibilidade do processo de impeachment contra o prefeito Humberto Souto ( Cidadania), que foi apresentado pelo deputado estadual Bruno Engler (PRTB). O pedido refere a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina contra a Covid-19 para que a população possa frequentar locais públicos e privados. A discussão acerca do assunto foi debatida durante a sessão ordinária desta terça-feira, 25/1.
Os vereadores consideraram que a proposta do deputado é uma “falta de respeito” à população de Montes Claros, uma vez que o “passaporte” da vacina foi validado pelo Tribunal de Justiça e pela própria Câmara. Alegaram os legisladores, “ que ir a favor do pedido de impeachment, é ir contra a todos os decretos impostos anteriormente, que tiveram o objetivo de conter a contaminação do novo coronavírus” .
Para o vereador Edmilson Bispo (PSD), basta ver o número de redução em relação à contaminação para saber que a atitude do prefeito foi benéfica. Segundo a vereadora Iara Pimentel (PT), a atitude do deputado é “negacionista e absurda”, e, que é preciso incentivar a vacinação contra a Covid-19. O vereador Daniel Dias (PcdoB) também concorda que o negacionismo da imunização gera mortes cada vez mais frequentes. O vereador Marlus do Independência pontuou que o deputado Bruno Engler poderia ter procurado os parlamentares para discutir o assunto e conhecer a realidade da saúde do município antes de tomar essa decisão.
O presidente da Casa, vereador Cláudio Rodrigues (Cidadania), ressaltou que a Câmara de Montes Claros respeita aqueles que optaram por não se vacinar. Entretanto, o prefeito Humberto Souto tem feito uma gestão pautada no bem-estar da população e no interesse da maioria.
Por Christine Antonini