No dia 17 de maio, Fé e Alegria- Centro Social de Educação e Cultura Marambaia realizou mais uma oficina com toda a equipe de profissionais sobre Convivência pacífica e Cultura de Paz, com o tema: “Não-Violência: Uma questão de atitude”. Tivemos a parceria da Solidariedade França-Brasil, através da Psicóloga Lourdilena Santos que desenvolveu o tema.
O objetivo deste encontro foi refletir sobre comportamentos desencadeantes da violência e formas eficientes de lidar com conflitos para prevenir a violência.
Os principais conteúdos abordados foram: Conflito e Violência (causas e tipos), Não-violência, Resolução de Conflitos e como lidar com os conflitos na Educação Infantil.
Na medida em que os conflitos são inerentes às nossas relações interpessoais, o grande desafio surge do quão bem, ou mal, nós sabemos lidar com eles. É por esse motivo que se torna imperativo saber gerir bem os conflitos que, naturalmente, vão surgindo ao longo da vida.
Quando bem conduzidos, os conflitos interpessoais levam a uma discussão saudável e produtiva e todos têm a ganhar, na medida em que fortalecem as relações, libertam os envolvidos de ressentimentos, possibilitam que conheçamos melhor os valores dos nossos pares e nos auxilia no auto-desenvolvimento. Os conflitos, quer queiramos quer não, fazem parte do nosso dia-a-dia e, por isso mesmo, é importante que aprendamos a lidar com eles, também como forma de prevenção de atitudes violentas.
Na educação infantil, refletimos com os educadores que os conflitos não são problemas externos que invadem a “paz do espaço educativo”, mas um dado da realidade social que deve servir como gancho para a formação de seres humanos mais bem preparados para a vida. Ou seja, para o educador, muitas vezes o conflito é um fenômeno danoso, quando poderia ser uma oportunidade de aprendizado para as relações interpessoais das crianças e adolescentes com os quais lidamos.
Os educadores concluíram com os debates e reflexões que devem agir como mediadores, sem tomar partido e sabendo que não é necessária uma resolução imediata. Interferem descrevendo o problema, incentivando as crianças e adolescentes a falar sobre seus sentimentos e atos.
É fundamental acreditar na capacidade deles de solucionar a questão central do conflito que foi estabelecido – o que não significa aceitar qualquer alternativa de resolução.
Uma boa solução deve incidir sobre as causas e respeitar os princípios e valores, de modo que os envolvidos possam sempre ter a oportunidade de se expressar e juntos, através do diálogo, decidir o que pode ser feito para que sintam-se melhor com o ocorrido.
Aprendendo com o processo de gestão de conflitos, todos os envolvidos direta ou indiretamente, têm a oportunidade de praticar valores e desenvolver-se melhor como seres humanos com mais empatia, autonomia e maiores habilidades sociais para relações interpessoais mais saudáveis.