Encontro Socioeducativo de Fé e Alegria Montes Claros enfatiza a luta contra a violência contra a mulher
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Publicado em 17/04/2019

  

A Fundação Fé e Alegria/Montes Claros realizou no dia 16 de abril de 2019, o Encontro Socioeducativo com tema Violência Contra Mulher. Esta atividade foi facilitada por Dra. Maíza Silva, representante da Defensoria da Mulher e Presidente do Conselho Municipal da Mulher de Montes Claros/MG e por Dra. Karine Maia representante da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher. A atividade contou com Apresentação Cultural da Oficina de Dança, onde as adolescentes apresentaram ao som da Música “Dona de Mim” da cantora Iza. E uma apresentação das adolescentes do “Projeto Educação Transformadora: Cultura de Paz e Gênero” que recitaram a “Lei Maria da Penha em Cordel” do autor Tião Simpatia. O Encontro foi finalizado com um momento de convivência, através de um lanche coletivo. Participaram deste evento aproximadamente 150 pessoas, sendo: Mulheres dos cursos do Programa de Formação para o Mundo do Trabalho, famílias dos/as educandos/as, adolescentes, Educadores/as Sociais, Representantes de Escolas do Território e acadêmicos dos cursos de Serviço Social, Psicologia e Pedagogia.

 

Esta pauta precisa a todo tempo está em nossas reflexões e discussões. Pois queremos leis e políticas públicas que protejam as Mulheres. Pois são milhares de corpos assassinados todos os anos. Novos dados mostram que 'não há lugar seguro no Brasil' e que apenas 8% dos municípios brasileiros têm delegacias da mulher. Entre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico. Após sofrer uma violência, mais da metade das mulheres (52%) não denunciam o agressor ou procuram ajuda. Estes dados são de um levantamento do Datafolha feito em fevereiro de 2019, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

 

Nós temos no Brasil a quinta maior taxa de feminicídio do mundo e a violência contra a mulher permanece como a mais cruel e evidente manifestação da desigualdade de gênero no Brasil. A insegurança está dentro das casas, no transporte público, nas ruas e nos espaços de educação e lazer. A violência compõe um cotidiano perverso sustentado por relações sociais profundamente machistas.

 

Permanecemos como um dos países mais violentos do mundo para as mulheres. No Brasil, segundo os dados divulgados relativos a 2018, a taxa de homicídios é 74% superior à média mundial.

 

Segundo o texto de Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nos últimos 15 anos, a violência contra a mulher passou a fazer parte do debate público como prática que não deve ser tolerada ou legitimada. Neste período, o arcabouço legal com foco no enfrentamento aos diferentes tipos de violência contra a mulher foi se consolidando, a exemplo da Lei Maria da Penha em 2006, da mudança na lei de estupro em 2009, da lei do feminicídio em 2015, e da mais recentemente lei de importunação sexual de 2018. Se os avanços legislativos são uma grande conquista dos movimentos de mulheres, as políticas públicas implementadas para garantir seu cumprimento ainda se mostram frágeis. O poder público tem falhado todos os dias ao não ser capaz de garantir a vida de milhares de mulheres. Além disso, a sociedade tende a naturalizar a violência. Diante destes dados, é imprescindível a criação de espaços de formação que possibilitem discutir, refletir e orientar as mulheres, para que as mesmas se empoderem cada dia mais e possam romper com os ciclos de violência.

 

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